A mídia ótica começa a dar seus últimos suspiros de vida

     Caros amigos e leitores do GigaByte, venho por meio desta postagem para dar um aviso: Essa será a última postagem do GigaByte no ano de 2010. Por motivos de estudos e posteriormente férias, estarei ausente das atividades do blog por volta de 1 mês, com isso o blog retoma sua rotina normal de postagens no início de fevereiro. Neste período estarei em Curitiba-PR e Rio Negrinho-SC, estudando e claro coletando informações tecnológicas para o GigaByte. Gostaria de agradecer a todos pelo sucesso de um blog que foi criado recentemente mas que ja possui um grande reconhecimento. O ano de 2011 trará grandes novidades e o GigaByte não vai ficar de fora. O que posso adiantar é que a próxima novidade do blog será o video de divulgação, ainda em preparo. Agradeço a todos pelos comentários e sugestões e quero desejar-lhes um feliz natal e um próspero ano novo. Boas festas e que tenhamos um 2011 repleto de alegrias.
                                                             
                                                                                                       Atenciosamente, Paulo Henrique

    Quem utiliza computadores há mais de dez anos já usou muito os disquetes – “quadrados plásticos” utilizados para o armazenamento de dados. A necessidade dos usuários de salvar informações em quantidades cada vez maiores exigiu a criação de uma nova tecnologia: a mídia ótica.
     Desde então, os CDs e DVDs têm sido fiéis companheiros dos usuários. Seja para gravar músicas, vídeos ou documentos, o disco ótico é a tecnologia que perdurou por quase uma década como soberano nesse tipo de atividade.
     Depois de o disquete cair em esquecimento, ao que tudo indica, chegou a hora do disco ótico dizer adeus às prateleiras. O desenvolvimento da memória flash começa a despontar no mundo do hardware e equipamentos eletrônicos de última geração não contam com leitores óticos.

Você já conhece um disquete?
    
     Um exemplo é o MacBook Air, laptop apresentado pela Apple no dia 20 deste mês, que não possui drive para a leitura de CD, DVD ou Blu-ray. Mas e se for preciso formatar a máquina ou recuperar o sistema operacional?
     Para estes casos existe um pendrive com o Mac OS X Snow Leopard e o iLife instalados. Na visão da multinacional, este recurso elimina qualquer necessidade de mídias óticas. 
     Estaria surgindo um novo padrão de armazenamento e leitura de dados nos aparelhos eletrônicos? Quais as vantagens em utilizar a memória flash? Onde o USB 3.0 se encaixa neste contexto? As mídias óticas estão fadadas à extinção? O GigaByte responde estes questionamentos para você.

É o fim dos discos óticos?

 

O ataque da memória flash


     A memória flash é um dispositivo computacional do tipo EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory). Este componente possui chips muito parecidos com os utilizados pelas memórias RAM, porém, utilizados para o armazenamento de dados não voláteis.  Em outras palavras, a memória flash preserva informações mesmo depois de o computador ser desligado.
     Devido a tal atributo, é possível usar esta tecnologia como repositório permanente de conteúdos – os discos rígidos SSD, acrônimo para Solid-State Drive, os cartões SD de filmadoras e os pendrives são alguns exemplos. Preparado para conhecer mais características e algumas vantagens da memória flash?

 

Economia de energia e portabilidade


     A economia de energia é o primeiro ponto vantajoso da memória flash. A tecnologia apresenta um consumo energético de apenas 5% do que seria preciso para alimentar um disco rígido comum. A redução de tamanho é outro fator que diferencia a memória flash da “concorrência”.

A portabilidade é um ponto forte do pendrive.
    
     É possível encontrar pendrives menores que uma bolinha de gude. Convenhamos que é muito mais prático transportar dados em um aparato tecnológico com essa dimensão do que em um disco rígido convencional. Já imaginou ter que carregar um HD externo no bolso o tempo todo?

 

Velocidade


     A velocidade na transmissão de informações da memória flash origina um diferencial enorme se comparado às mídias óticas. Enquanto um CD envia e recebe dados a 150 kilobytes por segundo, um cartão de memória SD consegue trocar informações cem vezes mais rápido. É quase a mesma coisa que colocar um Fusca e uma Ferrari lado a lado em uma disputa automobilística.

 

Durabilidade


     Equipamentos que utilizam a memória flash como recurso de armazenamento são mais duráveis. Isso acontece porque esta tecnologia usufrui de semicondutores para registrar as informações do usuário. Estes componentes eletrônicos não possuem peças móveis, eliminando problemas oriundos de ações mecânicas.
Alguns modelos de dispositivos, como os cartões de memória SD, contam com uma carcaça tão resistente que são capazes de suportar intensas pressões, elevadas temperaturas e imersão em água. Parece impossível, não é mesmo?

 

Custo


     Já pudemos perceber que a memória flash tem uma série de benefícios. Entretanto, estas vantagens tem um custo elevado. O valor de um gigabyte neste tipo de dispositivo é bem mais salgado do que em um repositório comum de dados.
     Caso você queira adquirir um disco rígido SSD de 160 GB (um volume nada surpreendente atualmente) será preciso desembolsar entre R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil. Este preço é bem superior aos, no máximo, 400 reais que você gastaria em um HD de tecnologia convencional.

O custo da tecnologia é elevado.
    
     Os fabricantes tentam desenvolver uma combinação de tecnologias para baratear os custos de produção de dispositivos em estado sólido. A memória flash ficaria responsável pelo acesso a informações de uso frequente, tais como arquivos executáveis do sistema operacional.

 

A terceira geração do USB contra-ataca


     A ameaça da memória flash à mídia ótica é reforçada pela chegada do USB 3.0 ao mercado. A tecnologia denominada SuperSpeed USB não é uma novidade. Ela teve suas especificações estabelecidas em novembro de 2008.
     Quase dois anos depois, ainda não é possível encontrá-la aplicada em eletrônicos comercializados em grande escala. Mas segundo a previsão dos desenvolvedores, o novo padrão de conectores terá sua industrialização iniciada até o final de 2010.

A terceira geração do USB deve chegar em breve às lojas.
    
     De acordo com a instituição USB Promoter Group, idealizadora desta tecnologia, a taxa de transferência do USB 3.0 é dez vezes maior que a de seu antecessor. Nos teste realizados pelo grupo sem fins lucrativos a terceira geração do USB atingiu 4,8 gigabytes por segundo. Ela levou 70 segundos para transferir 25 GB de dados!

 

A batalha continua...


     Com preços mais acessíveis e a enorme vantagem da portabilidade, os pendrives ganharam espaço no cotidiano das pessoas. A popularização destes dispositivos móveis fez com que os discos óticos ficassem restritos a, basicamente, duas finalidades: instalar sistemas operacionais e reproduzir arquivos de áudio e vídeo.
     Esta primeira opção está sendo desbancada pela Apple. Como vimos no início deste artigo, o MacBook Air conta com um dispositivo SSD para a restauração do SO. Apesar de o notebook ser um dos pioneiros na utilização desta tecnologia, eliminar drives de leitura ótica é uma tendência que deve ser adotada muito em breve por outros aparelhos.

 

A extinção do raio azul


     No que concerne à reprodução de músicas e filmes, os CDs e DVDs dominam amplamente o mercado nacional. O Blu-ray é mais adotado em outros países, onde seu custo é bem inferior. Devido ao seu potencial de rodar conteúdos tridimensionais, a tecnologia do raio azul esperava abocanhar o mercado multimídia a partir do ano de 2011. Como no mundo da tecnologia não existe calmaria, ele já está sendo intitulado como fracassado.

Blu-ray, o sucessor do DVD.
    
     Os discos de Blu-ray nem se tornaram acessíveis para boa parte da população brasileira e já têm que lutar pela sua sobrevivência. Este formato de mídia chegou às prateleiras em 2008 e, menos de dois anos depois, a Blu-ray Disc Association (BDA) anunciou dois novos formatos para conteúdos digitais: o BDXL e o Blu-ray 3D.

 

Televisores interativos


     Tendo em vista o que acompanhamos até aqui neste artigo, as previsões para as mídias óticas não são animadoras. Mas a ameaça a esta tecnologia, a qual nos foi útil durante tantos anos, não acabou. Os mais novos competidores com o armazenamento de dados, mais especificamente conteúdo multimídia, são os televisores interativos.

A TV interativa da Google já está à venda nos EUA.

   
     A Apple TV e a Google TV vieram para revolucionar a forma como assistimos à televisão. Com recursos de lojas virtuais, conexão com a internet e navegadores web, estes aparelhos pretendem oferecer ao telespectador filmes, seriados, shows e muito mais, sem que ele saia do sofá. A televisão da Google já está sendo vendida nos EUA.

 

É o fim das mídias óticas?


     Afirmar que as mídias óticas serão extintas é agressivo demais. O formato BDXL, por exemplo, foi criado com o intuito de servir como backup de segurança para empresas. Talvez, outros modelos de discos óticos sigam o mesmo caminho. Obviamente, esta transição de tecnologias acontece de forma moderada e contínua, assim como foi com o disquete e o CD.
     Porém, os usuários finais devem ficar com os dispositivos digitais. Os aspectos de durabilidade, segurança, velocidade e portabilidade – unidos aos atributos do USB 3.0 – tornaram a memória flash o dispositivo mais prático para a função de transportar dados. Para conteúdos multimídia as televisões interativas têm todo o potencial para tomar o mercado multimídia.
 


8 comentários to "A mídia ótica começa a dar seus últimos suspiros de vida"

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